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quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Renascimento e reintegração. Feliz 2013 !

  Toda essa energia boa do Natal só faz bem para a humanidade. Esse momento tem muito há ver com o espírito da vela popular. Estamos construindo um novo caminho com amizade e companheirismo. Buscamos um futuro de alegria e liberdade. Fazemos tudo por amor a vela. O movimento está ganhando força, sempre com uma energia muito positiva.
   Que venha, então, 2013. Que a vela tenha um renascimento popular. Que a simplicidade possa reabrir os caminhos antes inacessíveis. Que as pessoas possam sentir e interagir com a natureza de forma pacífica, fazendo a reintegração do ser humano com as suas origens. Que as pessoas voltem a se sentir parte da natureza. Que o respeito e a harmonia volte a reinar na terra. Que todos os seres possam ser felizes!

Que em 2013 venham bons ventos para inflar nossos corações com amor para velejarmos nossas vidas pelos mares da felicidade com destino a paz.

Saúde, amor e paz!


segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Velejada técnica ou velejada instintiva?

Vamos conceituar a velejada que eu estou chamando de instintiva como sendo a velejada sem o rigor da instrução de navegação com termos náuticos, é mais uma velejada apenas com as instruções de como operar o veleiro em uso. A velejada técnica é aquela que o iniciante tem toda uma carga teórica de navegação e operação do veleiro antes de ir para a água, é a veleja instruída por completo. Obviamente que veremos uma enorme diferença de qualidade entre as duas formas citadas. Certamente o posicionamento do barco, a mareação das velas e o controle nas manobras serão bem distintas. Mas a questão não passa pelo desempenho do velejador na condução do seu veleiro, mas sim pela satisfação de velejar. Quantos adultos estão dispostos a aprender conceitos e teorias de navegação a vela antes de se lançar em uma velejada? Certamente poucos. Agora vamos alterar a ordem da ação na mesma pergunta: Quantos adultos estão dispostos a aprender conceitos e teorias de navegação depois de terem se lançado em uma velejada? Certamente mais que antes. É aí que acredito que está o ponto chave para que se possa incentivar novamente o crescimento da vela ao atrair novos velejadores. A velejada instintiva deve ser incentivada no primeiro momento para que as pessoas tenham a certeza de que velejar não é complicado e está de fato ao seu alcance. Assim despertamos a vontade de aprender e evoluir na vela. Alguns já estão se perguntado de onde tirei esta ideia, mas não foi só da minha cabeça, trata-se de observação durante vários encontros de vela popular. Tenho acompanhado o crescimento do número de caiaques a vela indo para a água e é sensível a evolução técnica dos velejadores iniciantes que partiram do conhecimento zero para uma velejada razoavelmente técnica e com desempenho satisfatório para o lazer em curto espaço de tempo. Mais uma vez retornamos aos primórdios da navegação, onde não havia escolas de vela e os pescadores e navegadores aprendiam por si só observando como os outros navegavam. Acredito que a observação é uma forma de aprendizagem mais instintiva e funciona também. O rigor formal da escola não deve ser abandonado ou deixado de lado, mas deve ser mais bem direcionado aos diversos segmentos da navegação à vela, como por exemplo: lazer, competição de alto rendimento, prática desportiva (no sentido de atividade física e higiene mental), cruzeiro e exercício profissional. Aliás, este último segmento, o exercício profissional, é de fundamental importância, estamos carentes de profissionais de vela, não temos uma legislação muito clara a este respeito e tão pouco temos escolas formais para esta atividade. Acredito que a formação de profissionais também é uma forma de desenvolver a atividade.

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

A importância da náutica para o turismo.

Lendo matérias a respeito do turismo náutico e seus impactos, encontrei dados que mostram a preocupação do governo em tornar o turismo náutico uma realidade brasileira. Obviamente em um governo desorganizado e muito burocrático as coisas não acontecem em uma velocidade razoável a ponto de se poder verificar resultados. As ações quando chegam a ocorrer são pontuais e setorizadas, mas já podemos ver que existe a preocupação com este setor, ou seja, existem portas abertas e caminhos a serem percorridos. Cabe agora aos setores interessados se organizarem, colocarem as experiências e ideias em debate e rapidamente formular planos e propostas concretas e viáveis.
Nosso papel, como integrantes da sociedade e como praticantes da vela popular, é criar oportunidades para o desenvolvimento deste setor que hoje aparece com um grande potencial a ser explorado em nosso país. Devemos mostrar que não basta entupir de turistas nossas lindas paisagens litorâneas e nem criar enormes empreendimentos imobiliários e gigantescos resorts em áreas de natureza exuberante, essa prática tem se mostrado predatória e altamente danosa a longo prazo. Deve existir preocupação para implementação de atividades sustentáveis que geram empregos e renda em escala local, mas trazem benefícios permanentes e desenvolvimento de longo prazo. A criação e implementação da infraestrutura deve ser planejada e pensada para longo prazo em harmonia com o ambiente e com a necessidade local. Aliás, a infraestrutura é um aspecto muito importante e essencial no desenvolvimento do turismo.
Um exemplo onde a total falta de sintonia do governo com a necessidade de infraestrutura a ser implementada causou um enorme prejuízo aos cofres públicos e à população local foi a implementação do calçadão ao redor da lagoa de Maricá. Parte da lagoa foi cercada por uma longa calçada estreita que vai do nada a lugar nenhum, ladeada por uma via estreita de paralelepípedo para circulação de veículos, não há lugar para estacionamentos e nem pontos de acesso à lagoa, ou seja, afastou os usuários e os turistas. Uma pequena pousada da região, um bar e um restaurante que antes da infraestrutura desastrosa estavam em expansão, hoje estão entregues às moscas e baratas, pois somente o bar ainda sobrevive, mas em condições bastante precárias.
Nós, cidadãos, devemos tomar a iniciativa para o progresso sustentável e útil aos próprios brasileiros. Devemos tomar parte das decisões fazendo propostas e votando em pessoas que se comprometam com essas propostas.
Fica a sugestão para uma discussão. Abaixo apresento dois links governamentais que apresentam alguns dados para pensarmos.


MERCADO NÁUTICO - A NOVA ABERTURA DOS PORTOS BRASILEIROS
http://www.meioambiente.ba.gov.br/gercom/apresentacao_mercado_nautico.pdf


TIPOS DE TURISMO - TURISMO NÁUTICO
http://www.brasil.gov.br/sobre/turismo/tipos-de-turismo/nautico


quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Muitas velas!

No último domingo, dia 18/11/2012, pudemos ver um belíssimo espetáculo de veleiros na lagoa de Maricá. Foi mais um encontro de caiaques a vela onde compareceram 8 caiaques efetivamente velejando. Mas além dos oito caiaques compareceram à lagoa, de forma espontânea e sem nenhum vínculo com nosso evento, dois Lasers e um Hobie Cat. Inclusive estavam baseados na margem oposta à nossa, mas compartilharam do mesmo trecho da lagoa. Pela primeira vez, desde 2009, pude ver um espetáculo de muitas velas ziguezagueando na lagoa de Maricá. Foi uma grata surpresa, os veleiros superaram os jet skis em número preenchendo a paisagem com elegância, silêncio e harmonia. Desejo muito ver esse fenômeno de revitalização da vela crescer de forma a produzir novos velejadores preenchendo as águas do nosso Brasil. Eu sei que é sonhar grande, mas acredito que a Vela Popular é um caminho democrático e espontâneo onde as pessoas podem seguir sem medo de errar. Já demos os primeiros passos. Aos amigos Danilo (www.veleirok.blogspot.com), Genilson (www.hidroglassrio.blogspot.com) e eu, unidos pela Vela Popular, já se juntaram vários novos velejadores que estão trazendo outros e assim fortalecendo a corrente da prática desse esporte maravilhoso. Parabéns a todos! Vamos em frente!

sábado, 17 de novembro de 2012

Quanto menor a bagagem mais leve é a viagem!

A partir do tema "Quanto menor a bagagem mais leve é a viagem!", em uma dinâmica de estudo sobre religiosidade, foram emitidas diversas opiniões, mas a conclusão é apenas uma: Quanto menos apego ao material, mais agradável é a vida, mais próximo da essência da vida podemos chegar. Esse tema me remeteu imediatamente ao caiaque a vela, pequeno, leve e simples, traz em si a essência do velejar.

A essência da vela é a integração e harmonia com a natureza. É com esse espírito que o velejador deve encarar a vela. O desapego é muito importante para conseguir a integração do ser humano com os elementos água e ar.  A simplicidade facilita essa integração permitindo ao velejador experimentar todas as sensações interagindo com a água e com o ar e seus movimentos.

A integração da pessoa com sigo mesma também é muito importante ao velejar. Da autodeterminação e disciplina pode-se partir para o autoconhecimento e autodesenvolvimento. É assim, vamos amadurecendo a cada experiência, e quanto mais nos conhecemos mais nos libertamos para relacionamentos verdadeiros. Relacionamentos com pessoas, com os animais, com a natureza, com a nossa vida.

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Final de semana dedicado à vela

SÁBADO

No sábado, dia 10/11/2012, eu, Karla e Danilo (www.veleirok.blogspot.com) fomos visitar o Festival de Vela 2012, realizado no período de 8 a 11 de novembro de 2012 no Clube Naval Charitas, em Niterói - RJ. O evento tem por finalidade "Promover a aproximação do público a uma prática esportiva sustentável", segundo consta no site do evento: http://www.festivaldevela2012.com.br. Temos que tirar o chapéu para a tentativa heróica da Federação de Vela do Estado do Rio de Janeiro - FEVERJ em promover a vela no Brasil. O evento refletiu bem o mercado brasileiro de vela, pequeno e pouco interessante. Acredito que a visão pouco abrangente do potencial do mercado de vela pelas federações e iate clubes sejam a causa da pequena expressividade do evento. Existe ainda uma segmentação elitista no mundo do iatismo, onde tudo é direcionado a quem já participa deste mundo, e principalmente para quem pratica o esporte no único intuito de participar de competições. Como cada vez menos gente participa deste mundo, cada vez o mercado fica menor. Há que se romper com esta visão e ampliar horizontes para abranger as pessoas comuns que querem se divertir, tem renda limitada e gostam da companhia da família. É da prática do iatismo em um ambiente de convívio em família que surgiram grandes iatistas em todo o mundo. É aprendendo a velejar em família que as crianças crescem apaixonadas pelo esporte, e em meio a milhares de apaixonados surgirão grandes iatistas, é assim em qualquer esporte.

Eu e o Danilo em meio aos estandes


Eu e o Danilo ao lado dos estandes


Karla junto ao pier do Clube Naval Charitas ao lado dos estandes

DOMINGO

No domingo, dia 11/11/2012,  eu, Karla, Danilo, Nívea, Ronald, Renato e Rafael, fomos à Lagoa de Maricá, para mais uma velejada. O destaque deste domingo foi a presença do meu amigo Ronald Bandeira, juntamente com seus filhos Renato e Rafael para um teste drive no caiaque a vela. Um detalhe, o Ronald nunca tinha velejado antes. O vento estava fraco, ideal para quem quer aprender a velejar. Apresentei o meu caiaque duplo da HidroglassRio (www.hidroglassrio.blogspot.com) e dei algumas explicações sobre o seu funcionamento. Colocamos o caiaque na água e eu comandei o caiaque dando explicações simples e básicas sobre como velejar e como conduzir a embarcação. Retornamos à margem onde desembarquei passando o comando para o Ronald, seu filho Renato assumiu o posto de passageiro. Saíram para uma velejada assistida por mim que os estava acompanhando do CATANOIAK com motor. Dei mais algumas instruções e segui apenas acompanhando. Ronald conseguiu velejar de forma surpreendente, realizando as manobras com confiança e segurança. Ficaram encantados em velejar e muito entusiasmados com o desempenho do caiaque a vela em vento fraco. Acredito que em breve teremos novos praticantes da vela em caiaque. O caiaque duplo da HidroglassRio está se mostrando um ótimo barco escola, proporcionando simplicidade, segurança e manobrabilidade, além de um bom desempenho.
Outro destaque foi a Nívea velejando no caiaque Romanok, em uma nova configuração. Parabéns para a Nívea que a cada velejada ganha mais confiança e mostra evolução na técnica de velejar.
Na companhia do Danilo, eu aproveitei para velejar o meu caiaque monocasco simples, o "amarelinho", também da HidroglassRio. que havia lagum tempo que não ia para a água e eu já estava com saudades dessa velejada mais "emocionante". Dia 18 haverá novo encontro na Lagoa de Maricá.

Nívea velejando o Romanok

Eu e o Ronald retornando da velejada de instrução

Eu e o Ronald retornando da velejada de instrução

Eu velejando o "amarelinho"

Eu, o Ronald e o Rafinha saindo para um passeio no CATANOIAK

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

É a VELA POPULAR aparecendo no cenário nacional

Por indicação do Danilo (www.veleirok.blogspot.com) eu fiz um artigo para o jornal ALMANÁUTICA e foi publicado na edição de novembro/dezembro/2012 confiram as imagens abaixo. Como é de praxe nas publicações jornalísticas o texto foi condensado para se adequar ao espaço de página do jornal, diga-se de passagem, foi maravilhosamente bem condensado. Para quem se interessar o texto completo está disponível mais adiante. Estamos todos contentes com a divulgação da Vela Popular pelo jornal Almanáutica e agradecemos especialmente ao Sr. Ricardo Amatucci pela oportunidade.





Texto Completo:

Vela Popular, quando a alternativa pode salvar o esporte.
(Por Marcelo R. Maia Pinto – 01/10/2012)

Um mundo em crise e o prazer de velejar parecem incompatíveis, mas com a vela popular a crise está servindo de estímulo. Esse segmento náutico cresce a cada dia e está se firmando pelo mundo e aqui no Brasil também.

Que o mundo está passando por uma crise econômica todo mundo concorda, mas quando se fala na vela como esporte existem muitas controvérsias. Fato é que nos Estados Unidos a prática da vela como esporte vem sofrendo com o desinteresse da população. Motivos para isso não faltam, cada estudo apresenta um enfoque e várias conclusões. Vamos resumir: o que de fato importa é que o esporte não cresce e em muitos segmentos está encolhendo. Fatores econômicos como custo de aquisição das embarcações e alto custo de manutenção são apontados como os principais vilões. Mas existem outros como por exemplo a elitização do esporte com a sofisticação cada vez maior dos veleiros exigindo processos caros e sofisticados de produção com excessivo rigor de padronização em quase tudo. Grande exigência técnica e necessidade de muita dedicação dos praticantes do esporte para conseguir resultados aceitáveis, o que torna a prática do esporte muito profissional e pouco voltada para o lazer.

Tudo isso não é novidade, é o curso natural do desenvolvimento tecnológico, do desenvolvimento dos materiais e da evolução técnica do esporte. Se analisarmos outros esportes como o automobilismo, por exemplo, vemos exatamente a mesma situação. O que começa sendo feito por lazer e diversão e acaba se transformando em prática desportiva tem essa trajetória de evolução natural, se transforma em um esporte de alto rendimento exigindo muito dos atletas e mais ainda dos materiais. Da mesma forma aqui no Brasil a prática da vela também sofre muito com a falta de interesse, aqui muito mais do que lá. Nossa renda é muito inferior a dos norte americanos e nossos barcos são muitíssimos mais caros graças à falta de tecnologia e impostos altíssimos. Segundo dados de pesquisa da ACOBAR (Associação dos Construtores de Barcos) de 2005, do total do mercado náutico voltado para esporte e recreio a vela representa apenas 16%, contra 84% de barcos a motor. O tamanho do mercado ajuda a tornar mais inviável a prática da vela no Brasil.

Mas nem tudo está perdido e não seria razoável acreditar que a vela vai ser extinta ou que o esporte vai acabar, a vela é muito maior que o esporte, ainda é uma forma viável de deslocamento sobre as águas. Sendo assim, existe cooperação, companheirismo amizades sinceras e muita paixão neste meio náutico. É da paixão que sempre aparecem inovações ou resgates na prática da vela. Ainda nos Estados Unidos existe um movimento chamado “mess about” que cresce de forma consistente e cada dia aparece mais. Lá as embarcações miúdas como caiaques, canoas e pequenos veleiros estão ganhando importância e fazendo com que o esporte ressurja fora dos iates clubes e das federações de vela, está voltando a se tornar popular assim como surgiu.

Mais uma vez vemos que aqui nas terras tupiniquins não é diferente, o “mess about” aqui foi traduzido para “vela popular” e está se transformando em um movimento forte que cresce a cada dia. Está aí a grande esperança de popularizar o esporte. Os caiaques a vela, as canoas e pequenos veleiros artesanais estão surgindo como alternativa e ganhando adeptos por todo o país. É a revolução da náutica, um movimento legítimo que surge da base da população e atinge todas as classes sociais de forma democrática e pacífica. O interesse cresce a cada dia e novas ideias e novos praticantes se unem engrossando as fileiras e tudo se mistura em harmonia gerando diversão e lazer sobre as águas.

Outro apelo importante é o ecológico, todos querem preservar o planeta, mas se não mudarmos nossos hábitos isso jamais vai acontecer. Entendendo esse princípio, muita gente que gosta de esportes náuticos acaba se interessando pela prática da vela, mas nem sempre tem o montante necessário para adquirir embarcações novas, títulos de iates clubes e acessar cursos caríssimos. Esse problema é crônico, mas com a democratização da informação via internet, fica cada vez mais acessível o contato com a vela popular, que está aí, mas não de maneira formal. É assim de maneira diversa que a democracia náutica vem sendo consolidada na vela popular, e o maior aliado é o acesso à internet.
Os caiaques à vela vêm despontando como uma alternativa muito atraente nesse mercado emergente. Com baixo custo para aquisição, possibilidades quase infinitas de adaptações e baixo custo de manutenção, atualmento é o mais importante componente deste segmento. Já estão sendo produzidos por vários fabricantes de caiaques, são fáceis de serem utilizados e tem grande versatilidade no uso. Um outro fator importante é a questão da segurança, os caiaques em sua esmagadora maioria são insubmergíveis, o que os torna muitíssimos seguros e podem ser utilizados em qualquer lugar, desde praias até lagoas. São pequenos e fáceis de serem transportados e guardados, o que torna o seu proprietário independente de clubes e marinas. As manutenções podem ser feitas em casa ou em pequenas oficinas, sem necessidade de ferramentas caras e complexas.

No Rio de Janeiro, onde o movimento da vela popular desponta de uma forma mais organizada, encontramos alguns praticantes assíduos e apaixonados. Pensando sempre no coletivo e na popularização do esporte, estimulam novos praticantes assim como promovem o desenvolvimento das embarcações, velas e acessórios para a melhor performance dos seus caiaques. Por meio de blogs trocam constantemente informações com quem solicitar e buscam divulgar todas as conquistas no intuito de facilitar a vida dos novos praticantes. Os blogs mais visitados são:


terça-feira, 6 de novembro de 2012

O Futuro da Vela Popular

O futuro somente a Deus pertence! Já dizia o ditado popular. Mas acredito nisso. Não há como prever ao certo o que vai acontecer. Mas podemos vislumbrar caminhos pelos quais tenderão a seguir. No dia 24/05/2012 eu fiz uma postagem indicando o link da história da vela no Brasil . (http://360graus.terra.com.br/iatismo/default.asp?did=2137&action=reportagem ) Esse link mostra bem de forma bastante resumida o caminho que os iatistas adotaram e hoje sabemos onde chegaram. Foi um longo caminho de mais de 100 anos percorridos. Na vela popular estamos trilhando um novo caminho, mas com mais opções e ferramentas para escolher.

Acredito que existirão muitos desmembramentos daqui para frente. Surgirão novas comunidades, novos projetos, barcos conceito até serem formadas as flotilhas. Daí para frente as comunidades serão reagrupadas de forma espontânea de acordo com as preferências individuais. Certamente serão produzidos modelos em série que disputarão a preferência dos consumidores, daí surgirão o que hoje são as classes do iatismo.

E a prática desportiva será estimulada e praticada, seja como esporte radical ou seja como esporte de confraternização. Regatas serão organizadas. Grandes encontros também serão feitos.

Claro que isso não é clarevidência, mas sim uma análise superficial dos acontecimentos atuais com base na história do iatismo. O comportamento humano não muda muito ao longo do tempo, mesmo com as novas tecnologias e formações sociais, as necessidades são as mesmas. Fazer parte de um grupo ou sociedade é uma das necessidades humanas que serão buscadas fortemente no movimento de Vela Popular. Caberá aos participantes se agruparem e organizarem da mesma forma democrática e informal que iniciou o movimento, sem criar tendências elitistas.

Os exemplos até aqui são muito positivos. Podemos citar a generosidade do Danilo (www.veleirok.blogspot.com), o arrojo e coragem do Genilson (www.hidroglassrio.blogspot.com), a alegria, tolerância e companheirismo do grupo pescaiaqueiros RJ (http://pescaiaqueirosrj.forumeiro.net/forum), bem como seus participantes individualmente. Existem muitos outros exemplos Brasil afora, esses são apenas os mais próximos do meu convívio. Mas são exemplos como esses que formarão uma nova geração de velejadores com novos horizontes e novas possibilidades.

domingo, 28 de outubro de 2012

Lagoa de Maricá em festa da vela popular

Para alguns pode parecer apenas mais um lindo sábado (27/10/2012) de sol com barquinhos passeando pela lagoa. Mas na verdade foi muito emocionante ver seis caiaques a vela velejando em conjunto. Desde o início de 2010 eu velejo naquele trecho da lagoa. Por mais de um ano velejei sozinho no meu caiaque amarelinho. Quem veleja sabe que é muito legal velejar na companhia de outros barcos, daí a emoção de chegar, em tão curto espaço de tempo, a um número considerável de seis caiaques velejando em conjunto. Compareceram neste evento eu, a Karla, o Genilson (www.hidroglassrio.blogspot.com), o Danilo (www.veleirok.blogspot.com), a Nívea, o Pinon, o Sidnei e o Mauro.
Aliás, a estrela do evento foi o caiaque do Mauro que não ia ser batizado por estar em fase final de adaptação de remo para vela, mas que acabou indo para a água e se mostrando bom de vento e de manobras e até um pouco nervoso. Devido a proximidade das amas com o casco o caiaque ficou com pouco apoio lateral o que exigia a escora, mesmo com pouco vento. Como o Mauro tem pouca experiência em velejar e fazia a estréia deste caiaque, ou seja, foi a primeira velejada do Mauro neste caiaque, acabou sendo batizado com uma capotada bem no meio da lagoa. Para ser batizado não tem que molhar a cabeça? Então, molhou tudo.
O Pinon também fez a estréia do caiaque dele com vela, trata-se de um modelo feito pela Caiaquer. Esse novo membro do grupo somente tinha usado este caiaque com remo, mas tomou coragem e resolveu estreá-lo com vela. parece que ele gostou, esperamos agora vê-lo com mais frequência velejando pela lagoa.
A Nívea se mostra cada vez mais engajada na vela, teve a coragem de partir para uma velejada solo no caiaque monoposto que o Genilson levou. Velejou com confiança e fez bonito, mesmo sendo a primeira velejada naquele modelo de caiaque, bem diferente do que ela está acostumada.
O CATANOIAK também esteve presente mas com motor, dando apoio. Na hora do almoço fomos brindados por um banquete com uma sopa de siri fantástica feita pelo Genilson seguida de um churrasco.
O vento estava fraco porém presente. No lado da lagoa que escolhemos para ficar tinha uma sombra de vento bem na chegada à margem, mas passada a sombra tinha um vento que nos permitia velejar até a margem oposta da lagoa. Foi um dia muito agradável e particularmente emocionante para mim. É esse crescimento da vela popular que estamos vendo e sentindo. Sejam todos muito bem vindos e que venham muitos mais velejadores. Parabéns a todos nós.











terça-feira, 23 de outubro de 2012

Por que caiaque é bom?

Quando tentamos responder o porque gostamos de caiaque, entramos em uma discussão de gostos, hábitos e preferências, e aí fica tudo muito complicado. Mesmo assim topei este desafio e vou tentar explicar. Primeiramente vamos partir de alguns princípios fisiológicos oriundos dos sentidos humanos. Todas as nossas sensações são experimentadas através dos nossos quatro sentidos principais, que são a visão, audição, paladar e tato. Somente com essas experiências reais conseguimos memorizar as sensações e por meio de lembranças ou estímulos, conseguimos reproduzir estas sensações em nossa imaginação. Sendo assim, podemos concluir que o ser humano necessita de experiências reais para completar seu conhecimento. As sensações diversas estimulam reações e emoções que devem ser experimentadas. Somente superando um desafio conseguimos ter o prazer de sentir a emoção da superação. Não precisa ser um desafio radical, mas sim um desafio individual, fazer alguma coisa que não sabemos se somos capazes de realizar. Acredito que o prazer de se utilizar um caiaque está sempre na superação, no enfrentamento dos pequenos desafios impostos cada vez que vai para a água.

Daí entram os argumentos contrários, não tem conforto, há que se realizar esforço físico, fica sempre com a bunda molhada, dá um trabalhão para colocar na água, etc.. Então, vamos contra-argumentar. Acredito que o lugar mais confortável que já desfrutamos foi o útero materno, temperatura ambiente constante, ambiente totalmente protegido, alimentação umbilical, sem necessidade de esforço. A partir do momento que nascemos estamos em uma eterna luta pela sobrevivência, entra aí o aspecto animal do ser Humano. Passamos a sentir fome, calor, frio, sede, medo, segurança, amor. São as experiências que a vida nos impõe. Vamos aprendendo que comer é a cura para fome, que o colo quentinho da mamãe é seguro e assim vamos crescendo e sempre aprendendo a viver até chegarmos à independência total onde podemos explorar nossos próprios horizontes. As experiências e o aprendizado não param e a vontade de interagir com tudo vai nos acompanhar pelo resto de nossas vidas.

Nós só conseguimos andar se produzirmos um desequilíbrio em nossos corpos que será compensado com um movimento das pernas que produzirá um passo. Vamos então voltar ao caiaque, o prazer está na experiência e nas sensações vivenciadas. Acho que vivenciada é a palavra chave, viver cada emoção, sentir cada instante, superar os mínimos obstáculos, sentir-se vivo. Obviamente não é só o caiaque que pode produzir tudo isso, mas tudo que nos coloca em contato com a realidade.

Nos caiaques à vela existe um estímulo extra, que é o desafio constante de conseguir utilizar o vento como propulsão para se deslocar para onde se quer ir. Daí o desafio; não é ir aonde o vento te leva, e sim para onde sua vontade quer alcançar. Claro que qualquer veleiro pode gerar este desafio, mas somente os miúdos podem gerar este desafio em pequenos espaços de água, como uma lagoa, por exemplo. É aí que está o grande diferencial, com poucos recursos qualquer pequeno obstáculo se torna um grande desafio. Na lagoa de Maricá, por exemplo, partindo do boqueirão para a margem oposta, a distância não chega a um quilômetro. Com o vento contra pode-se levar mais de uma hora para percorrer esta distância, ou seja um bom desafio. Com um barco a motor não se gasta nem dois minutos para percorrer esta distância independentemente do vento. Ou seja, com o caiaque à vela temos um desafio que demandará esforço físico e mental para ser cumprido. Em uma confortável lancha teremos um passeio muito rápido e entediante. Com os caiaques à vela podemos superar este desafio várias vezes em um ano, pois o vento muda, seja de intensidade e/ou de direção, o que torna o mesmo trajeto sempre diferente. É um jogo de superação entre a pessoa e o ambiente.

Portanto acredito que a prática deste esporte, assim como tantos outros que nos colocam em contato com nosso ambiente, produzem uma essencial sensação de que estamos vivos e integrados à realidade e ao mundo. O caiaque à vela é importante pois tem um custo muito acessível e pode ser praticado em uma infinidade de ambientes aquáticos e por pessoas vivas de qualquer idade. Exige alguma disciplina, um conhecimento mínimo de navegação, e um mínimo de condicionamento físico. Ou seja, é fácil de ser praticado, não é monótono e é acessível, tanto para aquisição como para manutenção. Aqui cabe um outro comentário, que é a integração com o barco. Como as manutenções são simples, gera uma enorme integração entre o praticante do esporte e o equipamento, o que produz outros desafios fora da água. Modificar, alterar, reparar, substituir, tudo isso passa a ocupar a mente como pequenos desafios a serem superados. Podemos então afirmar que o caiaque à vela permite superação até fora da água.

Motorando na lagoa de Maricá

Neste final de semana fomos, eu e Karla, para a lagoa de Maricá passear no CATANOIAK com motor. Tanto no sábado como no domingo o vente esteve ausente, o que tornou aqueles dias ensolarados, claros e quentes totalmente propícios a passeios com motor. No sábado fomos à lagoa no final da tarde, colocamos o barco na água por volta das 16:00 e fomos passear, cumprimos um trajeto saindo do boqueirão, dando a volta na ilha, passando por baixo da ponte em direção a São José de Imbassaí, indo até a praia do Marine, retornando ao Boqueirão. Curtimos um esplendoroso por do Sol. No domingo colocamos o barco na água no mesmo horário e seguimos do Boqueirão para o restaurante Saravah, do outro lado da lagoa da Barra, onde almoçamos um delicioso arroz de camarão, retornando ao Boqueirão em outro maravilhoso entardecer. Tiramos fotos apenas no restaurante Saravah, a máquina à prova d'água está fazendo muita falta para registrar estes momentos. Reparem que o CATANOIAK aparece ao fundo com a proa na areia e popa na água com motor levantado.

Para estes passeios utilizamos nosso motor de 15 Hp, um motor muito potente e pesado (cerca de 38Kg) para o pequeno CATANOIAK (3,50m de comprimento com 0,80m de boca e cerca de 50 Kg de peso).  Mas como o CATANOIAK é muito competente em navegar e conta com uma fantástica estabilidade, podemos acelerar com segurança.







terça-feira, 16 de outubro de 2012

De caiaque a vela na lagoa Rodrigo de Freitas - RJ

Nesse domingo, dia 14/10/2012, fomos velejar de caiaque a vela na lagoa Rodrigo de Freitas, no Rio de Janeiro - RJ. Estivemos reunidos eu e Karla juntamente com o Danilo (www.veleirok.blogspot.com), Nívea, Genilson (www.hidroglassrio.blogspot.com) e o Celso. O Celso é um gaúcho que estava no Rio de passagem e aproveitou para conhecer os caiaques a vela, deu uma velejada e se apaixonou. Acredito que em breve teremos mais um caiaque a vela navegando em Porto Alegre e região. Celso, seja muito bem vindo à flotilha.
O vento estava fraco e por várias vezes ausente, mas de qualquer forma o dia estava agradável com ótima temperatura. A paisagem é sempre maravilhosa e vale muito a velejada. Mesmo com muitos prédios ao redor da lagoa a natureza se impõe com vigorosas montanhas e muito verde da mata atlântica, deixando um ambiente muito agradável e fabulosa paisagem. Na companhia dos nossos amigos tudo fica ainda melhor. Foi ótimo.










sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Velejada na lagoa de Maricá

Na quarta-feira, dia 10/10/2012, eu e o Danilo estivemos na lagoa de Maricá para uma velejada de teste em pequenas alterações feitas no caiaque RomanoK do Danilo. O dia estava ensolarado e o vento calmo, o que proporcionou uma velejada tranquila e muito prazerosa, perfeita para os testes efetuados. O Danilo velejou com uma vela de tamanho super reduzido, o que foi meio complicado em pouco vento, faltou potência e velocidade ao RomanoK. Mas foi importante para se medir este desempenho e não forçar o sistema de suporte das amas (flutuadores laterais) que estava montado em um formato de travessa individual fixada na parte posterior do cockpit, mas a fixação não se mostrou resistente o suficiente e haverá necessidade de alteração, nada complicado. O meu caiaque duplo da Hidroglass-Rio mais uma vez se mostrou bastante versátil e agradável de velejar. O vento calmo foi suficiente para várias manobras e um ótimo passeio utilizando a vela bilaminar VK que o Danilo criou.











segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Mais um trabalho de conscientização sobre preservação ambiental.

No sábado dia 06/10/2012, foi realizado mais um projeto REAMAR na praia Vermelha, no bairro da Urca, na cidade do Rio de Janeiro - RJ. Eu, Karla e Danilo (VeleiroK), estivemos presente ao evento realizado em um espetacular dia de sol. Praia cheia, muito calor e samba com um animado grupo da Comlurb (Companhia de Limpeza Urbana da cidade do Rio de Janeiro). Foi nesse clima descontraído e animado que se realizou a oficina de nós do Projeto Grael com a presença do Vinicius Palermo, Eduardo Talaveira, Marcelle, Nícolas Grael e Carlos Eduardo. Além desta, foram realizadas várias oficinas como a de plantio de mudas em garrafas PET do projeto Moleque Mateiro, oficina de artesanato, compostagem, Stand Up padle, jogos educativos e outros. Também participaram grupos de coleta de resíduos na praia, coletas de resíduos no leito do mar e também nas encostas e ilha. É muito importante que as pessoas se conscientizem para não poluir e ajudem efetivamente a limpar o ambiente. Nós fazemos parte do ambiente!




Eu e Danilo junto com o pessoal do Projeto Grael.
Da esquerda para a direita: Vinicius Palermo, Marcelle, Eduardo Talaveira, Eu, Danilo, Nicolas Grael e Carlos Eduardo. A Karla está tirando a foto.

 Oficina de nós com um grupo de escoteiros.







 Karla participando da oficina de mudas do projeto Moleque Mateiro.





cartazes educativos da Comlurb.


Grupo de samba da Comlurb.











Praia Vermelha ao fundo vista da Trilha Cláudio Coutinho.

Praia Vermelha vista do bondinho do Pão de Açúcar