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sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

Primeiro teste do barco utilitário leve AMS 500


Sou eu mesmo pilotando esse pequeno barco de 5m. Um barco construído com chapa de 1,5mm totalmente soldado. Neste teste estou utilizando um motor de 15 Hp, que empurra muito bem esse barco de 104 Kg.

Parece mas não é...

De fato parece que o Blog foi abandonado, não tenho feito postagens novas há muito tempo. Peço desculpas por isso. Entre ficar quase um ano sem internet e estar atuando em novos projetos junto a uma empresa, tive que deixar um pouco de lado este espaço. Não deixei de atuar no mundo náutico, apenas estou atuando como coordenador em projetos novos de dimensões bem mais complexas. Estamos desenvolvendo novos produtos fabricados em alumínio que em breve deverão estar disponíveis no mercado. A crise econômica do país afetou fortemente a empresa, mas não afetou o ânimo e a disposição das pessoas. Obviamente a escassez de dinheiro freou os projetos, mas não parou. Com menos velocidade e menos recursos estamos seguindo em frente. Vou começar a divulgar esses novos produtos que começam a ser testados nesse final de ano.

O primeiro e mais longo foi o projeto da lancha AMS 380. Uma lancha de 38 pés construída totalmente em alumínio, utilizando a mesma tecnologia de construção dos grandes iates. Uma lancha concebida com muito carinho e preocupação em ser útil e agradável. Abaixo tem o link para o filme da construção da primeira unidade desta lancha, que hoje, encontra-se em fase de acabamento.

https://youtu.be/RWsYGnmB_EE

quinta-feira, 26 de março de 2015

A importância do colete salva-vidas

(Por Marcelo Rodrigues Maia Pinto - 26/03/2015)

Ainda me surpreendo ao ver que muitas pessoas navegam sem colete salva-vidas, principalmente em caiaque e Stand-up. No caso do Stand-up a frequência é muito maior de pessoas sem colete salva-vidas, aliás, é muito raro ver alguém remando um Stand-up usando o colete salva-vidas. Vamos então esclarecer a necessidade do uso do colete salva-vidas.

Em primeiro lugar podemos observar que existe uma infinidade de colete salva-vidas no mercado, cada um com sua especificidade e utilização correta. Muita gente se engana ao achar que somente aqueles coletes tipo canga, alaranjados que fazem parte da salvatagem dos barcos maiores é adequado. Estes coletes tipo canga são mais comuns por serem os mais baratos, mas são dedicados ao uso em emergência em naufrágio, para isso foram projetados. Bem diferente do colete para uso esportivo.

A primeira diferença é realmente o propósito do colete. Quando é usado para salvatagem, o colete tem formato e tamanho a atender uma gama de tipos físicos, tamanhos e pesos de pessoas que necessitam permanecer flutuando, com a cabeça para fora d'água garantindo a respiração, mesmo inconsciente. Portanto são adequados e confortáveis para ficar parado flutuando dentro d'água.

Colete Salva-vidas tipo canga para Salvatagem


Já os coletes para prática esportiva são mais caros e são feitos especificamente para a prática do esporte a que se destinam. São desenhados e confeccionados para garantir flutuabilidade e principalmente, conforto durante a prática do esporte ao qual se destina. Desta forma podem garantir a segurança do usuário e ao mesmo tempo não atrapalham. É certo que devido a modismos, marcas esportivas e material utilizado na confecção, os coletes para prática esportiva podem atingir valores significativamente altos, mas normalmente tem custo compatível com o esporte a ser praticado. Esportes mais caros usam coletes mais caros.

Colete Salva-vidas para prática esportiva, modelo mais barato e comum, atende muito bem à maioria dos esporte náuticos como vela e remo.


Coletes Salva-vidas específicos para Jet Ski 


O acidente, como o próprio nome diz, é algo inesperado. Muitos vão pensar e dirão: Mas eu sei nadar. Sim, uma condição importante para a prática de esportes aquáticos. Saber nadar normalmente não garante a sobrevivência. Vamos dar como exemplos os dois casos mais frequentes de acidentes com vítimas pela falta de uso do colete salva-vidas.
- Ao remar o Stand-up ou caiaque, a pessoa está praticando um exercício físico e consequentemente está gastando energia e requer preparo físico adequado. Tanto os caiaques quanto os Stand-ups conseguem facilmente atingir 2 nós de velocidade, o que nos dá 1.852 x 2 = 3704 metros percorridos em uma hora, ou 61,73 metros por minuto. Uma remada de 10 minutos levará o remador a uma distância de 600 metros da margem, ou seja, 12 piscinas olímpicas em comprimento. Só bons nadadores com bom preparo físico conseguem nadar tranquilamente esta distância, mas se acrescentarmos ondas, vento e correnteza, muitas vezes nem todos esses nadadores conseguirão. Podemos ainda acrescentar o cansaço de já estar remando e aí a combinação pode ser muito perigosa. E é exatamente esta combinação que envolve os acidentes. A pessoa está remando, se divertindo sem o colete salva-vidas, sofre uma queda do caiaque ou Stand-up e por correnteza ou vento se separa do caiaque ou prancha e passa a necessitar de flutuar e se deslocar na água por esforço próprio. Pelas razões já apresentadas, nem precisa ser muito esperto para concluir que o resultado será trágico se não houver nenhum tipo de socorro em curto espaço de tempo.
- Outra situação muito mais comum que se imagina são produzidas por mal súbito. Gozo de boa saúde não quer dizer que a pessoa não vá passar mal. Queda na taxa de glicose, desidratação, queda nos níveis de eletrólitos, ensolação e outros, são causas comuns de mal súbito durante a prática esportiva. Quando falo em mal súbito, não necessariamente significa que a pessoa vai desmaiar, pode gerar uma fraqueza, moleza ou fadiga excessiva. Qualquer um desses sintomas pode provocar desequilíbrio e queda na água, inclusive inconsciente em casos mais extremos. Sem o colete salva-vidas a vida estará em risco e se manterá por um curtíssimo espaço de tempo. Com colete salva-vidas a vida pode ser prolongada até a pessoa se recuperar ou ser socorrida.

Sendo assim, procure um colete adequado ao seu esporte e garanta sua segurança. Evite colocar sua vida em risco por falta desse acessório essencial.


quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

Motorar x Velejar

Há que se fazer algumas distinções para que tenhamos bons argumentos para explicar a diferença entre motorar e velejar. Primeira distinção é com relação ao tipo de barco a motor, existem os barcos rápidos como lanchas por exemplo e existem os barcos lentos, como as traineiras. São barcos completamente diferentes em termos de uso e deslocamento.
As traineiras, de uma forma geral, são barcos de serviço, como o próprio nome diz carregador de trainas, ou coisas. São barcos lentos com motores normalmente econômicos que conferem grande autonomia de horas na água. Nessa categoria entram também os TRAWLERS, que são barcos confortáveis e destinados a cruzeiros, derivados ou inspirados em barcos de serviço, como traineiras. As lanchas utilizam cascos de planeio e são capazes de atingir grandes velocidades. Normalmente utilizam motores potentes e nem sempre econômicos, percorrem grandes distâncias em curtos períodos de tempo.
A segunda distinção é com relação aos veleiros. Os veleiros, ah, esses são apaixonantes. Existem basicamente dois tipos de veleiros entre as milhares de subdivisões possíveis. São os veleiros de regata e os veleiros de cruzeiro. Lógico que existem centenas de tipos, tamanhos e formas. Mas vamos nos ater somente a essas duas divisões. Os veleiros de regata são aqueles construídos exclusivamente para atingir a melhor performance dentro da categoria que faz parte. Normalmente tem o conforto sacrificado para ganhar leveza e performance. Usam áreas vélicas enormes em relação ao tamanho do barco. Costumam ser velozes e muito ágeis em manobras, o que confere um velejar mais tenso.
Os veleiros de cruzeiro, como o próprio nome sugere, são destinados a percorrerem grandes distâncias com o maior conforto possível. Usam áreas vélicas menores, costumam ser mais pesados e privilegiam o conforto e habitabilidade da sua tripulação. Preferem uma combinação mais justa entre conforto e desempenho.
Feitas estas distinções, podemos entrar no aspecto principal que é a escolha entre motorar e velejar.
A primeira consideração é com relação à destinação do barco, seu uso principal. Se a motivação do uso é deslocamento entre um determinado ponto e destinos pré estabelecidos, não há o que questionar, tem que ser barco a motor, quanto mais rápido melhor. Já se o objetivo principal é passear aí a velocidade perde o sentido. Nesse caso a escolha vai ficar entre um barco a motor mais lento ou um veleiro. Se tem horário de saída e chegada, o barco é a motor, não tenha dúvida. Se não tem horário a cumprir, aí vão considerações de conforto a bordo. Um veleiro monocasco sempre anda adernado, isso incomoda muita gente, principalmente quem não está acostumado a velejar. Outra consideração importante é com relação ao tamanho da área habitável, que em um veleiro é restrita e cheia de cabos, catracas, moitões etc.. Enfim, parece que sempre o barco a motor leva vantagem. Isso é verdade, apesar de muita gente não admitir. Além do mais tem a questão da manutenção, um veleiro de cruzeiro tem motor, mastro, estaiamento, velas, cabos, catracas... . Já deu para imaginar que em um barco a motor só tem o motor.
Bem, isso tudo é verdade, mas se existe uma coisa que nenhum barco a motor permite é o prazer de velejar. Para quem veleja, uma saída de barco já o motivo, o velejar é suficiente, não há necessidade de destino, o que importa é o caminho, é a atitude, a conquista de se deslocar para onde quiser mesmo com o vento contrário. É o exercício da paciência quando não tem vento. É o prazer da aventura.
Portanto, a escolha é realmente pessoal. Cada um tem suas necessidades individualmente.